“É no campo da vida que se esconde um tesouro.

Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha.

É presente de Deus, é o céu já aqui, o amor mora ali e se chama família.”

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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A idiotice é vital para a felicidade.

(O blog está louco!!!! Não estou conseguindo postar colorido)


Nossa princesa passou bem o dia hoje.
Fez fisioterapia e já não tem brigado tanto com o Bruno (fisioterapeuta).
Ontem por eu ter postado apenas sobre o óbito do Paulinho, acabei não escrevendo sobre ela.
Na segunda-feira ela tirou dois dentinhos.
Que dó meu Deus!
O desejo que tenho as vezes é o de poder me colocar no lugar dela nas horas difíceis.
Daria tudo para poder trocar minhas células normais pelas células danificadas da minha filha, mas infelizmente não posso.
Tirando a dor por retirar o dente, ela passou bem.

De tempos em tempos, me pego tendo dias de inspiração...
E acabo procurando um assunto para refletir mais sobre ele.
Tenho uma amiga que lê o blog (mas não vou entregá-la) e que às vezes me pego pensando em sua situação.
Creio que ela não vá se ofender de fazer certo comentário, mesmo até porque eu mesma já vivi situação igual e creio que muitas que nos seguem já viveram também, mesmo sem admitir.
Dias atrás, conversei com essa minha amiga e ela se abriu comigo dizendo que não sente vontade de fazer mais nada na vida além de cuidar do filho que tem 5 anos e tem uma doença rara.
Ela não consegue nem dar uma volta com o marido, de meia hora, pois seus pensamentos não se desprendem do seu filho.
Isso é triste e cede várias oportunidades para um casamento se acabar.

Com o enxoval e o quarto prontos para receber o bebê, o tão sonhado pós-parto se transforma no momento mais importante da vida de alguns casais. Para outros, porém, a história não é bem essa. O choro noturno só cessa quando o bebê é instalado na cama do casal. Vocês não conseguem mais desfrutar nem 15 minutos a sós depois do nascimento de um filho.
Alguns conseguem tirar de letra a mudança na rotina. Mas há os que não sabem impor limites, não resiste às mudanças repentinas no corpo ou reaja mal a um estilo de vida familiar, que começa pela renúncia a programas românticos a dois. Li um artigo de uma terapeuta familiar americana, onde ela afirma num estudo que 70% dos casais americanos ficam insatisfeitos com a vida sexual no casamento depois que se tornam pais. Simples gesto como troca de um beijo, é deixado para trás.
É muito comum os companheiros se sentirem excluídos. De repente eles têm que assumir papéis de coadjuvantes, num momento em que a mulher concentra a libido na maternidade. Eles têm que ter inteligência emocional: o homem precisa enxergar a complexidade hormonal da parceira nesta hora e a mulher deve se lembrar que o marido existe!

Claro que no caso de nós mães de crianças especiais, a coisa é muito diferente. Demoramos um pouco mais para lembrar que marido existe!!! Nossa mente se volta muitas vezes apenas nas doenças e deficiências de nossos filhos.
O neurologista da minha filha, cesta vez em consulta, me disse que 90% dos seus pacientes têm pais separados. Muitos homens não agüentam a situação e abandonam o barco mesmo!
Para a mulher, é mais fácil aceitar a situação, ou pelo menos, se obriga a isso.
Claro que existem exceções. Conheço casos de mulheres é que não agüentaram e o homem é quem está ali, firme, forte e vencendo.
São poucos, mas existem.

Meu conselho seria: SEJA UM IDIOTA!

A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?
hahahahahahahahaha!...
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... A realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim.
Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva.
Pule corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

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